A Loja de Comodo

Parte 2 - Desordeiro
Viver em Comodo era fácil, passava a maior parte do ano em clima de festa,por esse motivo era muito visitada por turistas, mas esse ano estava diferente. Tinha gente demais, alguma coisa parecia estar fora do comum. O lado bom disso é que as vendas na lojinha aumentaram bastante, em compensação asentregas também. Era sábado, e devido a falta de mercadorias não abriríamos hoje, mesmo assim levantei bem cedo e, tratei de tomar banhoe descer rapidamente, o dia seria cheio.
- Pronto pra caçada? - perguntou-me Kuyk.- Sempre! Incrível como as coisas sumiram das prateleiras essa semana. - respondi.

- Precisamos de uma carga grande de Elunium, vou precisar ir a Glast Heim. - disse enquantoalimentava o pequeno Nobert, seu homúnculo.

- Aproveita e pega alguns oridecons, eu cuido das frutas e das geléias.
Nós criávamos alguns "monstros" em nossa loja, eram domesticados eajudavam no serviço. Tínhamos uma Alice, que cuidava da limpeza e cinco lobosque deixávamos como seguranças da loja. Éramos bem conhecidos em Comodo, afinalconseguimos transcender a força comum e isso ainda nos dava algum crédito, jáque em Comodo poucos haviam alcançado esse patamar, na verdade, poucos emtoda Rune-Midgard. Saímos assim que acabamos de tomar o café da manhã.

- Cuidado por lá, dizem que o número de monstros quase triplicou. - alertei.

- Calma, eu e Nobert cuidamos disso. Além do mais, tô levando uma surpresinhacaso eles queiram dar trabalho. - falou e puxou um frasco de ácido do casaco.

Partimos pro serviço, Kuyk em direção a Glast Heim e eu, bem... em direção a qualquer lugar. Meus planos eram passar rapidamente nas floresta sem volta de Umbala e depois partiria para Prontera, era sempre bom se manter atualizado sobre o que havia de mais novo em Rune-Midgard.

O caminho para Umbala passava por Mao, a caverna que ficava a leste de Comodo, aproveitei pra pegar algumas ervas azuis, a sorte parecia estardo meu lado, consegui uma Ametista, guardei rapidamente antes que alguém visse e tentasse roubá-la. Antes do meio-dia eu já estava na entrada da floresta de Umbala, era perigosa, mas alguns meses de estudo valeram a pena e agora eu podia usara famosa "nevasca". Só os arquimagos usavam essa habilidade após anos de estudo,mas nós, os desordeiros, como éramos conhecidos, podíamos "pegar" as habilidadesde outras pessoas, com estudo é claro, mas conseguíamos.

Da entrada da floresta até a cidade de Umbala não gastei mais do que 40 minutos, tentei ser rápido porque a minha bolsa já estava bem pesada. Logo que cheguei procurei uma Funcionária Kafra. Os serviços da Corporação Kafra eram bem úteis, nós da Crimson Guard possuíamos, além das contas individuais, uma conta conjunta, e foi nela que eu depositei tudo o que eu havia trazido, como de costume Kuyk passaríapor aqui na volta e levaria tudo no seu carrinho para a loja.

Já passava das duas da tarde quando acabei de almoçar, a viagem até Prontera iria demorar, decidi então passera por Umbala e procurar uma estalagem para passar a noite. Finalmente encontrei uma, havia uma placa colorida com uma língua estranhaque, traduzindo seria Estalagem Mestre Bum, entrei e sentei-me. Pude ouvir os cochichos com relação a mim. Fui até a recepção.
- Seja bem-vindo caro aventureiro! - exclamou um senhor de idade avançada que ainda conservava alguns dentes na boca e uma cicatriz que ia do canto do olho esquerdo até a orelha - em que posso ajudá-lo?
- Bem, por quanto fica um quarto, com alimentação por uma noite?
- São quase três da tarde, acredito que somente duas refeições não é isso?
- Sim - repondi - o jantar e o café da manhã.
- Sendo assim, posso fazer por meros 400 zenys. Pode pagar quando for embora.
Assenti com a cabeça. Ele me disse seu nome, é Jack BumBle, por isso o nome da estalagem, subimos uma escada, Jack abriu uma porta e entregou-me a chave.
- Esse é o seu quarto, fique à vontade. - ele sorriu e se retirou.
O quarto não era uma coisa de outro mundo, mas era bem confortável. Nas paredes algumas pinturas engraçadas que revelavam a história da cidade. Tomei um banho rápido, sentei-me numa cadeira que estava ao lado da janela eli até que me desse sono, deitei na cama e dormi.